Vista perfeita, as cores completavam-se, a água corria e nada mais se ouvia. Quase como se tivéssemos num universo paralelo. Eram 8h da manhã e estávamos sós... A ermida era nossa! Aquela beleza toda podia ser chamada de nossa. Senti-me a dona do mundo ou talvez no survivor...
De volta à parte real da coisa. A vista é linda (para quem não tem vertigens) e quando chegamos ao destino, ainda se torna melhor. No entanto, esse é o problema, chegar, salve-se quem puder! O percurso não é fácil e para um gordinho, talvez seja melhor pagar 1 euro e descer as belas escadinhas em madeira pelo meio da natureza (menos radical, mais ao estilo da cidade, aviso já, boa sorte para subir amiguinhos, estamos a falar de cerce de 100 ou mais degraus sem exagero). Como estava a dizer, muita terra, árvores e pedras,montes delas pelo caminho. As descidas, do mais íngreme que podem imaginar (em determinados lugares). Não é fácil, mas também, a vida sem aventura, sem desafios não tinha graça. Que o diga o meu caro colega que se lembrou de ir para um sitio destes, nada mais nada menos do que com chinelos! Pois, já de sapatilhas é uma aventura (devido à famosa víbora do Gerês e das silvas etc...), mas tem de se ser vida loca.
Saltei, andei de gatas, gritei mas lá cheguei. Sem um único arranham à bela da queda de água. A partir daqui, só vida boa. Ou pelo menos pensava eu... Os rapazes, são uns bichos lentos como tudo, logo as mulheres é que têm de por as mãos à obra e fazer o trabalho pesado. 3 gajas a pegar num barco (sim era insuflável, mesmo assim pesava gente não se deixem enganar). Depois de me rir dos outros e de muito alertar os desastres que partilharam desta experiencia comigo para não caírem (porque muitos atraem tragédias, acreditem) não é que aqui a bolinha dá alto malho?... Não foi bonito, nada mesmo!
Vou explicar melhor, o meu episódio épico à Twillight. Resumindo em miúdos, sai da água com o belo do barquinho na cabeça como uma verdadeira minhota. Com um olho nas pedras e outro na vegetação para controlar as visitas rastejantes, acontece o menos (ou mais ) esperado. Como que empurrada, escorrego na belíssima da pedra, mais polida do que era suposto e pummmm, lá se vai a lombar. Sim , o pior lugar possível a ir parar a uma pedra. Dor amigos , muita dor. Salvou-me a água gélida (maravilhosa) da natureza. Hoje estou bem, para já nem negro está, há quem diga que é por estar preta. Eu digo que é por ser rija eheh.
Convém frisar que se fosse algo grave seria difícil sair dali... Aviso: não existe rede (depende do telemóvel, também é verdade).
Em resumo, foi um bom dia, a repetir mas desta vez sem quedas! Quem sabe qual será a próxima aventura por esses caminhos portucalenses...
(desculpem o testamento, sei que não é normal, mas vá lá olhem para a foto. Valeu apena a sequinha).
The girl...